quinta-feira, 13 de setembro de 2012


Porque escrevo?

Um dia percebi que a maior parte das pessoas com quem falava não percebiam o que eu lhes dizia. Nesse dia deixei de me enervar e passei a dizer menos coisas para não ter de observar expressões patéticas. Por isso escrevo. Porque as palavras, por mais insignificantes que sejam, têm a capacidade de limpar a alma, de clarificar... E o papel não nos observa como se fossemos loucos.
Porque há um limite para tudo, até para a humilhação, como diz Inês Pedrosa: "as cartas de amor escrevem-se sempre à noite e deixam-se de molho, num bom caudal de lágrimas, até à manhã seguinte. Depois relêem-se e, infelizmente, rasgam-se."


Carmo Miranda Machado


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