sexta-feira, 25 de maio de 2012


Pois seja, Custódia!

Nunca li este livro. Mas é inegável que tem um óptimo aspecto gráfico. A primeira edição (de autor, na imagem), saiu em 1960. Curiosamente, tem uma aparência muito actual: lettring moderno (título em caixa baixa), tamanho tipo-bolso, excelente para transportar e ler no combóio...

Mais ou menos entre as décadas de 30 e 80, sobreviveu uma 'máquina literária' portuguesa muito peculiar, e isto desde o design gráfico dos livros, ao próprio trabalho de impressão, as ilustrações e, claro, os escritores. Trabalho e criatividade injustamente ignorados e esquecidos ao longo de décadas (é sabido que fome mais analfabetismo profundo e prolongado, não casam bem com livros e escritores).

Repito, não li o livro. É bonito e eu perco-me com coisas bonitas. Além disso, tem um título com personalidade e na 44 diz isto: " - Eu não tenho estudos, mas aprendi a ler com o meu primo, antes de casar. Foi a Custódia que me obrigou: "Aprende a ler, homem, que vale a pena. Quem não sabe ler é só meio homem".
Cá está, vou lê-lo!
 
 
Iolanda Bárria

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