quinta-feira, 5 de abril de 2012


Encontros

Encontros imediatos em cruzamentos públicos são complexos de gerir. Aliás, já dizia o filósofo e psicólogo norte-americano William James que “quando duas pessoas se encontram há, na verdade, seis pessoas presentes: cada pessoa como se vê a si mesma, cada pessoa como a outra a vê e cada pessoa como realmente é”. Daí a complexidade natural, agravada pelo clima do inesperado.

Mas quando ocorrem nas esquinas da imaginação convertem-se em tortura. Pura. Em pura tortura. Não se sabe o que fazer com esta visão e somos soprados para o campo da indecisão. E, uma vez mais, são as palavras de William James que nos entram pelos olhos, estancando-nos o fôlego e amortalhando-nos o coração: “Quando precisas de tomar uma decisão e não a tomas, estás a tomar a decisão de nada fazer. E não existe ser humano mais infeliz do que aquele em que a única coisa habitual é a indecisão”.


Bruno Vilão

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