segunda-feira, 12 de março de 2012

2º ANIVERSÁRIO D'O FILÓSOFO E O FANFARRÃO - Editorial


EDITATORIAL

Comunicado aos sapientíssimos leitores e proto-leitores

(E, ainda assim, a todos os degenerados filhos de mães regeneradas e não regeneradas dos políticos caídos na prostituição do ímpar lamento de um desgoverno por falta de bons fundos)

O F. e o F., na qualidade de autores únicos e inclusivos deste espaço blogosférico, vêm por este meio denunciar todos os subscritores dos textos publicados até à data sem fim lucrativos ou afirmativos; e afirmar lucrativamente perante o público que os mesmos se limitaram a transcrever psicográfica e transcorridamente as ideias que, tanto o F. como o F., sábia e copiosamente lhes ditaram. Fica por isso sabido, para os que ficarem sabedores, que todas as palavras, todos os fonemas e morfemas, todos os hífenes, os traços, os travessões, os acentos mais agudos e os mais graves (com pendor e pendão para a direita ou para a esquerda); todos os tiles nasaladores e todos os circunflexos de acento abafador; todas as vírgulas, bem como todos os pontos parágrafos e finais delimitadores – são exclusivamente da sua autoria e não dos ditos e sobreditos autores, seus prosélitos, que com toda a prosápia se arrogam a criadores das prosas versadas e dos  prosaicos poemas.

Mais ainda, vêm o F. e o F. anunciar aos leitores a descoberta de uma solução viável para um problema solúvel como o é a escassez de ideias e de ideais e solver e resolver a presente crise, sacando um coelho da cartola e iludindo o próprio ilusionista e o palhaço do coelho que nos tenta iludir. Assim, bastará o que basta para salvar o país: uma venda em hasta pública de todo o património ontográfico do F&F, mais as letras de câmbio e de intercâmbio literário que mantém depositadas em conta calada numa caixa de pandora. Só assim, sendo e não sendo o que se quer, se pode agradar a gregos e a germanos e salvar a honra da nossa pátria euro-estética com uma empenhada palavra posta em casa de penhores demo-literais. Para encetar este processo de recuperação da razão e do brilho nacionais vai o F. continuar a esbanjar (sem censuras), com o contribuinte leitor, toda a sua arte e penhorado saber acerca das mais sagradas escritas literaturas, contando para tal com a colaboração e incondicional apoio do F.

Resta-nos então convidar todos os amigos das letras alheias a roubar quotidianamente alguns minutos às aborrecidas tarefas do seu precioso templo caseiro e a depositá-las em nome desta sacristia pagânica, paraíso fiscal em que a dízima da ousadia do furto de vistas alargadas se paga com um pequeno esforço de mente (em certas ocasiões, demente) . E por último, querem os citados agradecer todas as horas, minutos e segundos, dispendidos pelo leitor no árduo exercício de decifrar os filosóficos e fanfarrónicos enigmas propostos e estender-lhes a passadeira vermelha para penetrarem neste Olimpo ortográfico, onde o próprio Zeus se disfarça de chuva de prata para os seduzir.

A bem da razão e das letras,

O editador

Post Mortem: Podem apagar os cigarros, charros ou outros fumáveis na própria tela do computador se a leitura não for do vosso agrado. Em todas as ideias tentaremos ser dignos das vossas cinzas.

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