quinta-feira, 6 de outubro de 2011


On the road...

Conheço pessoas que não gostam de ler, nem de cinema, nem de teatro, nem de praticamente coisa nenhuma. Muitas nem um hobby qualquer têm. As suas preocupações resumem-se ao dia-a-dia (o que vai ser o jantar, se a casa está arrumada e por aí). Nunca se questionaram. Nunca perguntaram a si próprias: afinal quem sou eu? E se por um lado acho a vida destas pessoas pequena, por outro, que tem a minha de especial para que possa tecer considerações sobre quem vive feliz assim? Nada, rigorosamente nada. Escolhi um caminho que muitos julgarão patético e triste. Na verdade, não é triste: tem momentos de tristeza e momentos de felicidade. É a vida que escolhi ter. E o facto de já me ter perguntado muitas vezes afinal quem sou eu igualou-me ainda mais a todos os que nunca perguntaram. É que eu ainda não sei, ainda estou em construção e, auguro, estarei sempre.
Percebi apenas que a felicidade deve residir na busca, na viagem, na procura de mim mesma. E percebi também que a busca é interminável. É a viagem que me faz seguir em frente e me concede momentos de felicidade. Claro que por vezes sou surpreendida por sentimentos que não julgava possuir (nem sempre bons) e digeri-los custa. Outras vezes sou sobressaltada por uma ideia que não conhecia, que nem sequer sonhava, e tudo tem de ser repensado. É, contudo, a mais bela viagem que poderia imaginar.
 
 
Missanga

2 comentários:

Moi disse...

E que podemos viver...



Beijos

SOD, o Pérfido disse...

As preocupações quotidianas simplificam a vida. Mas só os simples se contentam. Os outros ou toleram ou odeiam.