quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Estrelas (de)cadentes

Sempre me pareceu que há pessoas que nunca conseguem encontrar o seu lugar no mundo e, consequentemente, na vida. Que nunca conseguem paz de espírito, que padecem de uma real incapacidade para serem felizes, que nascem com um vazio na alma que nada nem ninguém parece conseguir preencher. Há quem conquiste, através das artes, ou de hobbies, ou de trabalho pesado, uma certa libertação na intensidade da procura.
Outros, porém, passam pela vida numa busca desenfreada por algo que lhes preencha o vazio que sentem. São personagens trágicas como a Amy Winehouse, o Curt Cobain, o Jim Morrisson, entre outros, que parecem ter uma incapacidade real de se adaptar ao mundo, que testam todos os limites, que estão sempre numa busca de algo inalcançável e que nessa busca fatídica vão minando o corpo com consumo excessivo de álcool e de drogas. A morte é sempre prematura, sempre trágica e sempre provocada. São estrelas (de)candentes que brilham intensamente por momentos e depois se extinguem para sempre, restando apenas a memória do seu fulgor.
 
 
Missanga

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