quinta-feira, 9 de junho de 2011


Heartbeat

Que espera louca e agoniante - um copo vazio de vodka é levado, acende-se um cigarro, inspira-se o fumo lentamente e lentamente se expira. A música alta penetra nos ouvidos e faz os corpos balançarem-se ao seu louco sabor. As luzes coloridas difundem-se pelo espaço. O fumo dos tantos cigarros acesos entranha-se na roupa. Ouvem-se risos alucinantes, gritos de alegria ou espanto. Um copo de "cola" com gelo chega. Apaga-se o cigarro, acende-se outro. Que espera. Nunca mais chegas? Será que sempre vens? Saboreio o cigarro que esfumaço e dominada pelo nervosismo bebo um gole da "cola". Chegas e cumprimento-te, sem acreditar que apareceste. Perguntas-me se seguiremos com o planeado, respondo afirmativamente e peço-te em troca um beijo. Secretamente, pretendo descobrir qual o sabor dos teus lábios, conhecer a intensidade e o poder do teu beijo, saber qual o nome do sentimento que vive em mim, quero certezas. Aproximas-te (des)ajeitadamente e os meus lábios envergonhados tocam nos teus desinteressados e desapaixonados. Numa fracção de segundos, o mundo desaparece, a música já não existe, todos desaparecem, só existimos nós, num mundo só nosso onde tu entras por mera obrigação. Afastas os teus lábios dos meus quando esperava/queria mais. Que belo beijo fugaz! Depois abraças-me e ao teu ouvido sussurro um "desculpa". Desculpa por não corresponder ao que é esperado/desejado por ti. " - Dominas-me o pensamento, não consigo dormir, não consigo esquecer. Não quero esquecer...!?" Caíu uma lágrima a caminho de nenhures.

Stop stealling my heart away
You're stealling my heart away

I don't know where we going
I don't know who we are
(...)

I can feel your heartbeat
Running through me


Joana Santos

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