quarta-feira, 9 de março de 2011


Na poeira do tempo...

Não, não tem um aspecto clean. É mesmo para ter um aspecto sujo. Como o papel amarelecido pela usura do tempo. Como o borrão deixado pelo carvão ou pela tinta do tinteiro. Já que me obrigo a uma rendição às novas tecnologias, à palavra escrita informaticamente, ao menos que seja uma rendição envolta na maior sujidade possível. Com palavras a pingar cera de lacre vermelha. Na garantia de que tudo o que aqui entrar, terá sido escrito antes a carvão, numa qualquer folha de papel rasurada. Porque me recuso a limpar a poeira do tempo.


Bruno Vilão

1 comentário:

AnaMar (pseudónimo) disse...

Só o vento limpa a poeira do tempo.