quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


Não há como os russos, ah isso não!

Não há como os russos para nos golpearem o estômago. Andam ali às voltas, parece tudo inofensivo, mas é o tanas! Se é sobre o espírito humano, está lá tudo.

Ivan Ilitch, por exemplo. Vivemos-lhe a doença... tudo à volta, sem sombra de uma ocorrência brutal. É sobre a morte ou, pelo contrário, nega a morte?
 "Ivan Ilitch sabia que estava a morrer, mas não estava habituado a isso", escreve Tolstoi.
Lembrava-se com frequência daquele exemplo de silogismo que tinha aprendido na lógica de Kizevetter: "Caio é homem, os homens são mortais, portanto Caio é mortal", contudo, isso pareceu-lhe em toda a sua vida justo apenas em relação a Caio!


Iolanda Bárria

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