quarta-feira, 2 de junho de 2010


Como diria o cão do up: Adoro-te!

Quando penso no que estamos a fazer... nisto - a multiplicação dos pães e do amor - gosto de acreditar que é como meditar. Por ser tão desenquadrado do status quo, os dedos estalam e acordamos para a realidade, sentindo mais, amando mais, mesmo que possa por vezes doer. A vida não cabe nos nossos receios e, por isso, atrevermo-nos a viver de novo pode doer. Mas para quê prever a vida, se o adormecimento toma conta de nós, construindo muros em volta, cada vez mais fortes, mais opacos, abrindo brechas raras para deixarmos entrar aqueles de quem bebemos o amor que já não temos.
Não há um número certo para o amor: par ou ímpar, números primos, nem o zero me contenta como abrigo. O amor sou eu, de longe, porque esquecido, mas de longe, como escreve o poeta, o amor é tudo e é tudo o que eu sou. Não pode peneirar-se o amor, dar-lhe destino, pescar-se à vista. Sim... Tem que caber o sim no amor. O sim desmedido, cego, democrático, positivo. E não devia haver vergonha, nem medo de exclusão, por querermos amar a rodos, por remarmos contra a corrente. Não devia. Sim! Se as pessoas não se afastam do alheamento, dos que se agridem, dos que se separam sem razão aparente, que sentido faz apontar o dedo aos que tentam devolver a inocência e o estado de deslumbramento aos dias.
-Digam-me!? - Porque eu não entendo!

DuArte

1 comentário:

_Sentido!... disse...

Quando te responderem, por favor, diz-me também a mim, que é a coisa que mais preciso de entender neste momento!