sábado, 27 de março de 2010

Em Branco

Deveria deixar-te em branco à semelhança da minha alma. Vazia, por isso limpa e opaca. Barreira intransponível de mármore macio. Pedra tumular sem inscrição abandonada num planalto perdido, onde apenas os pássaros acedem. Deveria deixar-te em branco, por viver, imaculada e fria. Inacessível ao negro dos sentimentos, ao colorido das imagens e dos sabores. Como se escreve branco em branco?

Lucinda Gray

1 comentário:

Duarte disse...

O que tem de mais giro nos blogs conjuntos é, poder seguir o meu próprio blog. A desculpa mentirosa que o faço porque gosto do que os outros escrevem. É uma mentira pequenina de alguém que tem como referência de leitura, a dica da semana do LIDL, no curto passeio da caixa do correio ao balde dos recicláveis.
Depois há aquela coisa, que é fazer parte de um grupo. A sensação de pertença é óptima para a moral de um pretendente a pretendente de escritor. Como se não me bastassem a mulher e os filhos para me sentir fraco como pai e companheiro, agora tenho-vos a vocês como incentivo a escrever. O desejo. Ai o desejo..
Resumindo para encurtar; estou a adorar. Recomendo que se façam cartões com o endereço da página, para oferecer a amigos e familiares em ocasiões festivas. Vou fazer um molde e pintar o título do blog nos alicerces dos viadutos, com letras gordas ao bom estilo skater. O Filosofo e o Fanfarrão.
Já é tempo de espalhar a verdade pela cidade.

PS: Gostava de fazer duas perguntitas..
Quantas vezes se pode votar no “gosto muito do meu texto”?
Podemos apaixonar-nos pelas escritoras? Incluindo como é óbvio, a mulher do editor. Estou a adorar a Lucinda e a Virginia.

Hang loose, brothers!